quarta-feira, 23 de setembro de 2015

24 DE SETEMBRO - DIA DA INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ-BISSAU É CELEBRADO AMANHÃ, QUINTA-FEIRA

Antes da chegada dos Europeus e até o século XVII, a quase totalidade do território da Guiné-Bissau integrava o reino de Gabú. Este reino fazia parte do legendário Império Mali.

Os rios da Guiné e as ilhas de Cabo-Verde foram as primeiras regiões da África a serem exploradas pelos portugueses. 

O navegador português Nuno Tristão chegou à Guiné em 1446 e reclamou a posse do território, porém só houve qualquer investimento ou mesmo comércio neste território depois de 1600.

D. Sebastião I, "o desejado", pois nunca casou, foi Rei de Portugal de 1554 a 1578 e morreu durante Batalha de Alcacer-Quibir

Reza a lenda que a população recusava-se a aceitar a sua morte e acreditava que ele haveria de regressar numa manhã de nevoiro para salvar a Nação.


Salvar porque a sua morte colocava em perigo a própria independência de Portugal, pois como ele morreu sem deixar herdeiros, a coroa espanhola sentiu-se a vontade de reclamar o território como seu.
Assim, a ocupação do território da Guiné pela Coroa portuguesa deu-se depois da morte de D. Sebastião e no momento em que Filipe II da Espanha subiu ao trono Português.

Foi durante a Dinastia Filipina que durou de 1580 a 1640 que a Vila de Cacheu na Guiné foi fundada em 1588 e que foi governada administrativamente pelo arquipélago de Cabo-Verde.

E em 1630, foi criada a Capitania-Geral da Guiné Portuguesa para a administração do território.

Em finais do século XVII edificou-se a fortaleza de Bissau, período em que os franceses começavam a marcar sua presença na região. 

Em 1753 foi restabelecida a Capitania de Bissau. 


Em 1879 procedeu-se a separação administrativa da Guiné e Cabo-Verde, constituindo-se a Guiné Portuguesa que permaneceu durante 300 anos.

Em 1951 a Guiné-Bissau mudou de estatuto, tornando-se uma Província Ultramarina de Portugal.

Em 1956, o intelectual guineense Amílcar Cabral, que estava no exílio em Guiné-Conacry, e mais cinco correligionários fundaram o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Em 1963, com o apoio de outros países, o PAIGC iniciou a luta armada para a independência.
No dia 24 de setembro de 1973, o PAIGC declarou unilateralmente a independência da Guiné-Bissau e nos meses seguintes, sua independência foi reconhecida por vários países.

Todavia Portugal só reconheceu a independência da Guiné-Bissau em 10 de Setembro de 1974, após a Revolução dos Cravos.