O Secretário-geral da Associação dos
Consumidores de Bens e Serviços (ACOBES) pediu ontem um “forte empenho e
sensibilidade do Estado guineense” no que concerne a regulamentação dos preços
e controlo de qualidade dos produtos nos mercados do país.
Em entrevista à ANG, Bambo Sanha dis se que a ACOBES já havia alertado, por diversas vezes, sobre o perigo da
escassez dos produtos e aumento dos seus preços desde o inicio da crise politica
desencadeada pela demissão do governo pelo Presidente da Republica.
Aquele responsável pediu igualmente ao
novo Governo para que fixe o preço dos produtos no mercado e que se empenhe no
seu controlo desde a origem de importação, passando pelos preços de transportes
e os lucros a obter pelos comerciantes, em defesa dos consumidores.
Sustentou que se o Governo fixar e
controlar os preços, será mais fácil aplicar as medidas de sanções contra
comerciantes que desrespeitam o preço fixado.
"O principal objectivo dos
comerciantes é de ganhar lucros. Mais na verdade os lucros também têm limites.
Quando os lucros ultrapassam as limitações, podem ser consideradas de roubo aos
consumidores", refere Bambo Sanhá.
Exemplificou que no sector dos combustíveis
os preços sao fixados em função do mercado da origem do produto o que estanca a
sua subida e estabilidade dos preços de transportes.
"ACOBES solicitará o pedido de
regulamentação dos preços nos mercados sempre que possível com a finalidade de
dar mais oportunidades aos consumidores", prometeu Bambu Sanha.
Os preços dos produtos de primeira
necessidade, tais como a Batata, cebola, peixe e carne aumentaram nos últimos
tempos no país por razoes desconhecidas, tendo os comerciantes justificado que
esses aumentos se devem ao aumento das taxas aduaneiras.
Numa recente entrevista ao jornal
estatal No Pintcha, o Director-geral das Alfândegas negou que tenha havido
aumento das taxas aduaneiras. Francisco Rosa Cá disse que o que acontece
actualmente no mercado “chama-se especulação de preços”.
Alguns comerciantes, em declarações à
vários órgãos, afirmam que os aumentos se devem a intervenção no sector da
agência de reconfirmação na origem do valor das facturas de mercadorias,
denominada Bissau/Link.
As mesmas fontes sustentam que agora o
valor das facturas para efeitos de desalfandegamento aumentaram e,
consequentemente o consumidor final é obrigado a comprar mais caro os
produtos.
Fonte: ANG
Fonte: ANG