O Director-geral de Promoção e Prevenção da Saúde afirmou
segunda-feira que, a medicina tradicional constitui um recurso precioso que
pode ser explorada para melhorar o acesso aos cuidados de saúde de qualidade.
Nicolau de Almeida falava no acto da comemoração da 13ª
Jornada Africana de Medicina Tradicional decorrido sob o lema:
"Regulamentação dos praticantes tradicionais de saúde da Região
Africana".
Disse que é vastamente reconhecida que a formação e a
utilização dos referidos praticantes em cuidados com saúde primária podem
contribuir para melhorar o acesso ao cuidado de saúde universal.
“Essa data é celebrada em todo continente africano, apesar
de temos hoje em dia a medicina convencional que cada vez está a progredir
graças as novas tecnologias", referiu,
Segundo Almeida, a medicina tradicional continua a ser a
primeira a ser recorrida para a os
cuidados com a saúde.
Por sua vez, o padre Alberto zambrelete, em representação do
Bispo de Bissau disse que cerca de 80 por cento da população do país procuram
tratamento com medicamentos tradicionais.
Calcula-se que 90 por
cento de medicamentos tradicionais africanos são derivados de plantas e cerca
de 40 por cento dos medicamentos convencionais provem das plantas",
explicou.
Zambrelete sublinhou que os desafios nestes campos são
evidentes, acrescentando que para o efeito a regulamentação é importante.
Em representação da Organização Mundial de Saúde, Malam
Darame disse que na Guiné-Bissau apesar da medicina tradicional representar um
papel importante no sistema de saúde, ela ainda se encontra fragilizada e pouco organizada .
Acrescentou que, nesta ordem de ideia é necessário e
fundamental a organização da prática da medicina tradicional, sublinhando que a
OMS na Guiné-Bissau está disposta a colaborar para que essa regulamentação seja
feita.