CABO VERDE ACOLHE ENCONTRO DE MINISTROS DA JUSTIÇA E DEFENSORES PÚBLICOS DA CPLP. A GUINÉ-BISSAU NÃO PARTICIPA
Uma quinta
Reunião das Instituições Públicas de
Assistência Jurídica (RIPAJ) da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP) tem inicio esta terça-feira na cidade da Praia.
No encontro participam os ministros da Justiça e defensores públicos dos
Estados membros da CPLP, excepto a Guiné-Bissau que
não confirmou a sua presença, de acordo com a fonte.
cada participante apresentará
a sua experiência sobre o tema “Instrumentos públicos de divulgação e
apropriação do direito dos países da CPLP”, programado para o encontro.
Segundo a directora-geral dos Assuntos
Judiciais e do Acesso aos Direitos do Ministério da Justiça de Cabo Verde,
Filomena Amador, esta reunião, de dois dias, é de “extrema
importância porque vai proporcionar ricos debates que visam defender o
interesse público, os direitos humanos e as garantias nos Estados membros de
expressão portuguesa".
“Cabo Verde foi escolhido para a presidência ‘pro tempore’ (interino) do foro
no ano passado (2014), e, sendo assim, fez a proposta desse tema”, disse
Filomena Amador, precisando que “a reunião é de formato seminário e depois é
aberto à sessão para debates”.
A RIPAJ articula as instituições que fazem o trabalho da defensória pública no Brasil, Portugal, Angola, Moçambique,
Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Timor Leste e Guiné Equatorial.
Na quarta reunião realizada, em Maio de 2014 em
Luanda (Angola), foi assinado um acordo sobre o benefício da justiça gratuita e
da assistência integral e gratuita a fim de facilitar o acesso à justiça,
através das instituições de assistência jurídica.
De acordo com o comunicado final deste encontro, realizado sob o lema “O acesso
à justiça como garantia para o exercício dos direitos humanos”, o acordo
constitui um mecanismo imprescindível para a garantia adicional do exercício efectivo dos direitos fundamentais.
Segundo o documento final, a institucionalização diferenciada da assistência
jurídica nos países da CPLP prioriza a divulgação dos meios alternativos de
resolução de litígios, como complemento cada vez mais necessário ao normal
funcionamento do poder judicial.
Refere que o acordo visa ainda materializar uma maior cooperação e assistência
técnica mútua entre as instituições de assistência jurídica dos Estados da
CPLP, entre outras metas.