Bissau, 06
Abr 16 (ANG) – O Relatório sobre a Segurança dos Jornalistas na África
Ocidental revela que pelo menos 142 casos de violação da liberdade de expressão
foram registados nesta região em 2015, sendo que 90 por cento dos incidentes se
relacionam a violações contra
jornalistas e órgãos de comunicação social.
Segundo o
relatório, as referidas violações à liberdade de imprensa foram
predominantemente registadas sob formas de prisões, ataques, ameaças,
suspensões e censuras.
O referido
relatório foi apresentado recentemente pelo director executivo da Fundação da
Media para a África Ocidental(MFWA), Soulemana Braimah num seminário de
formação para 18 jornalistas seleccionados de sete países da África Ocidental
,em Gana.
“As
violações registadas em 2015 representam um aumento de 40 por cento em relação
ao 2014", disse acrescentando que a situação dos media na maioria dos
"nossos" países ou continua na mesma ou tem piorado.
Segundo o
director executivo da MFWA, a lista dos casos de violação de expressão nos
países da África ocidental é liderada pela Nigéria com 34 casos, Níger 16 casos
e na terceira posição está a Gâmbia com 15 casos.
A Guiné
Conacri e o Senegal ambos registaram 11 incidentes. E a seguir vem o Gana, o
Burkina Faso e a Costa do Marfim com 10 violações cada. O Benim (7), a Serra
Leoa (6), o Togo (4), o Mali (3), a Guiné-Bissau (2), a Libéria (2) e a
Mauritânia (1). Nenhum incidente foi registado em Cabo Verde.
Sulemana
Braimah sublinhou que perante este cenário a questão da segurança dos
jornalistas continua “muito importante”.
Exortou as
autoridades a se engajarem na defesa e segurança dos jornalistas e dos órgãos
de comunicação social da sub-região para possibilitar que estes tenham
condições para desenvolver e implementar as suas actividades.
A formação
centrou-se sobre temas como "reportagem em tempos de conflito" e
"jornalismo de paz".
ANG/FGS/JAM/SG