O setor energético em transformação de África precisa de nova abordagem por parte dos intervenientes da indústria
CAPE-TOWN, South-Africa, November 4, 2014/ -- A
indústria energética global está a ser submetida a uma mudança radical
impulsionada, em parte, pelo desenvolvimento de novas fontes de energia
não convencionais, como o gás de xisto, os petróleos de formações
compactas, o gás de camada de carvão e as areias petrolíferas.
Consequentemente,
os executivos responsáveis pela logística estão a ser obrigados a
repensar os modelos da cadeia de abastecimento de energia tradicionais e
a implementar uma abordagem altamente integrada, para diminuir os
custos de logística e aumentar as margens de lucro, de acordo com a DHL (http://www.dpdhl.com),
a empresa de logística líder mundial, que publicou um livro branco
sobre as dinâmicas, os desafios e as oportunidades que estão a
condicionar o sector energético atual.
Jonathan
Shortis, Vice-presidente do Setor Energético da EMEA (Europa, Médio
Oriente e África): A DHL Customer Solutions & Innovation (inovações e
soluções para o cliente da DHL), afirma que a necessidade e vontade de
explorar novas geografias e de desenvolver novas tecnologias para
alcançar e extrair reservas de gás não convencional, tornou-se mais
evidente do que nunca. “Enquanto o crescimento do setor da energia
convencional ronda atualmente os 1% a 2% ao ano, o segmento não
convencional está a crescer rapidamente.”
O
relatório BP Energy Outlook 2030 prevê que a produção de gás de xisto
vai triplicar e que a produção de petróleo de formações compactas vai
ser, no mínimo, seis vezes superior em 2030. Ao contrário do que
acontece com os petróleos convencionais, a extração não convencional
exige um investimento superior e contínuo.
No
que diz respeito ao setor energético africano, Shortis afirma que, nos
últimos anos, se tem verificado um crescimento significativo na
exploração e produção de petróleo e gás no continente. “Não existe
nenhum sinal de abrandamento da atividade de exploração em África e
prevê-se que esta continue a crescer, pois África está a revelar-se um
destino de investimento cada vez mais atrativo para o setor devido aos
seus recursos por explorar e ao potencial para novas descobertas.”
Contudo,
Shortis acrescenta que, tal como acontece em outras partes do mundo, o
desenvolvimento de reservas não convencionais na região ainda está numa
fase inicial. “Embora se preveja que as reservas em locais como o Norte
de África (Marrocos, Argélia e Líbia) e na África do Sul sejam
substanciais, ainda houve pouco desenvolvimento.”
No
livro branco está explicado que, devido à mudança contínua nas
geografias da produção e procura de energia, as empresas do setor
energético são obrigadas a ajustar a sua abordagem à gestão da cadeia de
abastecimento.
Shortis
explica que, de uma perspetiva da cadeia de abastecimento, tanto as
empresas de energias convencionais, como as empresas de energias não
convencionais, enfrentam um conjunto de desafios que dão que pensar.
“Ainda se estão a desenvolver cadeias de abastecimento com base no
mercado energético convencional, uma vez que as empresas tiveram de se
expandir para locais remotos e de difícil acesso de modo a satisfazer o
aumento da procura global. Nestes locais, a energia convencional
enfrenta os mesmos desafios que a não convencional, ou seja, estabelecer
e manter uma infraestrutura robusta para suportar a produção em zonas
remotas e/ou subdesenvolvidas.”
Shortis
afirma que os executivos citados no livro branco admitem que as
empresas do setor energético têm frequentemente dificuldade em lidar com
a complexidade da cadeia de abastecimento e que são confrontados com
uma falta de visibilidade e previsibilidade quando trabalham com várias
partes interessadas em muitos locais de perfuração.
“Para
resolver este problema, as empresas líderes do setor estão a adotar um
modelo operacional de cadeia de abastecimento end-to-end, através da
implementação de uma solução integrada, orientada por dados, que permite
ligar todos os participantes envolvidos na cadeia de abastecimento.
Esta solução combina visibilidade e análises de última geração com as
melhores práticas de gestão de processos para alcançar resultados
finais,” conclui Shortis.