Inês Geraldo - RTP 12
Abr, 2016, 10:27 | Mundo
Médicos
norte-americanos vieram a público revelar que as consequências do vírus Zika
podem ser mais devastadoras do que aquilo que inicialmente se pensava. Para as
autoridades de saúde pública existem riscos neurológicos permanentes tanto em
fetos como em adultos.
Anne
Schuchat, médica do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, esteve na Casa
Branca a explicar à comunicação social que a extensão do mosquito pelo mundo
pode ser muito maior do que aquilo que se pensava.
O surto do
vírus Zika começou há pouco menos de um ano no Brasil e tem passado para outros
países. Uma das principais consequências da doença, especialmente em mulheres
grávidas, é o nascimento de bebés com microcefalia.
“Boa parte
daquilo que descobrimos não nos dá garantias de descanso. Tudo o que sabemos
sobre o vírus parece ser ainda mais assustador do que aquilo que pensávamos no
princípio”.
Quando
explodiu o surto de Zika no Brasil, Barack Obama pediu ao Congresso
norte-americano para que fossem dados perto de dois mil milhões de dólares para
combater a doença. No entanto, o dinheiro que tem sido usado por investigadores
diz respeito ao combate encetado contra o ébola.
Anthony
Fauci, do Instituto Nacional de Saúde, criticou a falta de ação do Congresso e
disse que são precisos mais fundos para combater o vírus e os mosquitos
transmissores da doença.
Fauci
revelou que as novas descobertas mostram o quão destrutivo o vírus pode ser
para o cérebro dos fetos e fala também em raros problemas neurológicos nos
adultos.
O Porto Rico
está a tornar-se num dos casos mais graves do surto. Os casos de transmissão
multiplicam-se todas as semanas e o país precisa receber fundos para combater
este problema de saúde pública.