sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

OPINIÃO: NA GUINÉ-BISSAU SI BU KA RONCA MATCHUNDADI É TA CUMPRAU EL

Estas eleições legislativas e presidências são entre muitas e outras oportunidades que nos foi dado para virar a pagina e construir uma nação na base do trabalho, do conhecimento, do mérito que vise à reconciliação do povo guineense, como tem repito enésimas vezes o representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau José Ramos Horta, que a semelhança das outras nações quer ver o nosso país seguir os trilhos de desenvolvimento. Enganam-se os que pensam contrario, com essa propagada e recorrente ilusão sobre a Guiné-Bissau.

Esta eleição é mais que umas simples eleições dos quais estamos habituados, está em jogo a nossa existência, a nossa viabilidade e a nossa independência que tanto nos custou à admirável grandeza no concerto das nações e que hoje concentra toda a desgraça que não nos dignifica como um povo. Por isso, nesse processo eleitoral, exige-se uma reflexão profunda da nossa classe política, dos decisores institucionais da republica ao cidadão através do seu voto na urna.
Ha motivos mais que suficientes para delegarmos mandato de gestão do país a outrem, mais este não seria a mais-valia desejável, por que os efeitos colaterais que estas ações produziriam na nossa sociedade, terão um condicionamento difícil a apagar para afirmação do homem ou mulher guineense no concerto das nações, que ainda almejamos nestes longos quarenta anos da nossa existência. Meu apelo aqui vai ao encontro dos partidos políticos e instituições judiciais do país em particular os juízes e Supremo Tribunal de Justiça nas analises das candidaturas, sejam elas para Presidência da Republica ou para Deputado da Nação. 
No que respeita aos partidos e coligações políticas para interpelarem com argumentos e provas convincentes junto ao Supremo Tribunal de Justiça as candidaturas que possam ou constituem um foco de tensão para Unidade Nacional que tanto necessitamos para reconciliar os guineenses, através da verdade sobre o nosso passado, presente e construir um futuro melhor com dignidade. Lembrando a necessidade de renunciarem o nosso eu, isto é, procurar reunir consensos em torno de único candidato, em todos presidenciáveis sem exceção, sejam eles independentes ou com apoio partidário. Não podemos continuar a dar o luxo de ter candidatos a Presidência da Republica ou a Chefe do Governo sem mínimo conhecimento da administração publica (dossiês centrais, segredos do país e maitrise nas respectivas interpretações). O estatuto acadêmico ou sua excelência não dá direito para postular a PR e PM, estes devem ser resultados de dezenas e longos anos experiência ao serviço do país. Depois querem mais de 10% nas assinaturas de contratos bilaterais na exploração dos nossos recursos!
Quanto aos juízes do Supremo Tribunal de Justiça, exige-se um sentido de responsabilidade, imparcialidade e coragem nas decisões sobre aqueles que confiaremos o destino das nossas vidas, ou melhor, para administrar as nossas heranças ou contas bancarias (nosso país GB) por longos anos. Exemplos é que não faltam para elucidar as autorizações desastrosas concedidas nas legislaturas anteriores que conduziram e continuarão produzir muitas perdas humanas, enquanto existiam motivos mais que suficientes para recusarem algumas candidaturas e evitar os ciclos permanentes de golpes de estados e assassinatos seletivos. Dê-nos a possibilidade de acreditar na idoneidade dos juízes uma vez (porque nas instituições da Republica da Guiné-Bissau todos são compráveis placas no peito “Quem paga mais ganha o meu voto ou se faz parte do meu grupo social é quem ganha).
Ousemos ser feliz e livre!
Viva a Guiné-Bissau!

Honorio Gomes 
Email: honoriogomes78@yahoo.fr