Estamos perante um cenário ocorrido com o primeiro governo democraticamente eleito.
O Presidente da república Nino Vieira, agiu de mesma forma e demitiu
por não conformar com a separação do Poder ou seja Órgãos de Soberania
onde não devia intrometer pelas fronteiras constitucionais.
Perante um novo contexto dos valores da democracia, Presidente da República e o Primeiro-Ministro, foi extremamente difícil a coabitação entre os dois detentores de poderes.
Ora, o Presidente no contexto democrático tomou a consciência da subtracção do seu Poder na prática nesse quadro, teve grandes dificuldades em coabitar pelo facto de antes tinha sido um chefe absoluto.
Ora, apesar de também este governo de Manuel Saturnino chamado governo, não deixou boas recordações.
O Presidente Nino Vieira que, obrigou que se plasma-se na Constituição o poder de presidir o conselho de Ministro quando entender, fê-lo e numa das secões em que presidiu, demitiu pura e simplesmente o Governo de Manuel Saturnino.
Temos hoje o Presidente da República Dr Mário Vaz que, nos brindou no passado como um quadro de referencia um economista por excelência e nato tecnocrata.
Lamentavelmente não está conseguir ser presidente da República.
Se não vejamos, logo que foi eleito, proferiu "discurso" uma mensagem de autentica intromissão na área de competência da governação.
Em seguida fez uma série de viagens a costa ocidental africana, procurando transmitir votos de confiança que merecem os novos Poderes da Guiné Bissau.
Todavia, na prossecução das demais viagens, foi lhe chamado atenção que estava entrar na área da diplomacia, da governação e da competência do governo..
Tomada
a pose fez-se rodear de conselheiros que já deram o que tinham a dar e
não estão preparados para o novo contexto, e os imperativos da
governação eletrónica acompanhada das opiniões e da cidadania, salvo,
dois ou três situações de reconhecidas competências, Outro mais, é que
estes últimos são todos os opositores do DSP do governo e do Presidente
do PAIGC ,saídos do Congresso de Cacheu.
Ora ,os derrotados de Cacheu, perdedores nas urnas querem inverter a situação da devida legitimidade para arrebatar o poder a força de forma ilegal e ilegítima.
Lamentavelmente, são hoje os conselheiros da sua Excelência P.da República que, por sentir o seu poder constitucional abaixo do que ele esperava exercer a amedrontou-se!!!!!
Eu ,triste, com o meu amigo que, tem tudo para ser o melhor Presidente da República no pós independência. Hoje e desde logo, comprometeu o sua reeleição para segundo mandato.
Como o cidadão atento, o povo, a comunidade internacional, os Deputados e própria sociedade civil puderam avaliar tudo que se fez e o que se vai fazendo devidamente palpável ,sem esquecer da restituição do nosso orgulho guineense em décadas perdidas manchadas de sangue e outros mais.
Este governo levou soluções "na fundo di mato" fez cair por terra estigmas tribais ,fez respeitar direitos humanos ,do género e redobrou a luta, apoiando as organizações da sociedade civil na luta contra as práticas nefastas "mutilação genital feminino, casamento precoce etc" restituiu a vida ou as vidadas nas cidades de Bissau, Bafata ,Gabu e Catió. etc.
Seria muito a enunciar, estaria a ser maçudo.
Porque o governo quer romper com o passado e o Poder dos endinheirados, Oligarquias ou novos ricos que em detrimento do interesse público e do povo preferem atrelar-se a sua Excelência Presidente nesta vergonhosa luta ,ultrapassando todos os limites razoáveis e vergonhoso. isto porque o próprio P. da República representa esta classe oligárquica.
Como hoje a fiscalização dos exercícios do Poder já não dependem exclusivamente só da Assembleia, sim, mais da cidadania ativa através das redes sociais cada vez mais ativa e qualitativa.
Eis a razão, também, os detentores do Poder têm que fazer esta aprendizagem pedagógica para o bem e respeito ao próprio eleitorado.
O Governo supera todas as espectativas, durante um ano de trabalho, as provas inequívocas são as demonstrações pública da comunidade Internacional representadas em Bissau e Dakar que ainda, esta semana fora dar o voto de confiança de boa governação ao Primeiro Ministro, os Deputados deram os seus votos de confianças a boa governação do governo ,segundo consta a sociedade civil prepara-se para o mesmo.
Ora posto isto, o Presidente insiste em demitir o governo na data prevista, ouvido o Conselho de Estado, procedimentos constitucionais para uma magna decisão.
Não obstante, entender que de facto DSP está a trabalhar num robusto e qualitativo governo para a verdadeira implementação do seu ambicioso programa do governo, como sabemos que não é nada fácil acertar, como dizem os francófonos e franceses "l'home qu´il faut a la place quíl faut." outro urgente é sinal de conforto , assuma e demita os indiciados e particularmente os arguidos e não se intrometa no Poder judicial, todos sabemos que são casos do passado e não desse governo.
Nunca apoiei publicamente nenhum governo, fiz e faço na expectativa do meu voto de confiança, na esperança de uma nova Guiné, erguida na paz ,trabalho e solidariedade entre irmãos e amigos da Guiné.
Portugal, 26 de Julho de 2015
P. Eduardo Monteiro