Agora que o Governo vai completar o 1º ano de exercício, é tempo de
se fazer o balanço dos resultados alcançados por cada Ministério e de
se passar em revista o estado da moral pública de cada um dos detentores
de cargos no Governo. Um ano não é bastante para se fazer tudo quanto
se ambicionou no Programa de 4 anos, mas dá para se saber quem trabalhou
ou não, o que fez, que resultados proporcionou ao país e seu grau de
honestidade e de competência à frente de sua equipa.
Por
outro lado, com o reforço da liderança do DSP resultante dos trabalhos
do seu partido no último fim de semana e conhecidos que são os casos de
fortes suspeitas de práticas lesivas dos interesses nacionais, por parte
de alguns membros do Governo no exercício de suas funções, mesmo antes
de serem integrados no actual elenco governamental, importa que o Chefe
do Governo pondere as hipóteses de uma cirúrgica remodelação
governamental, integrando no team os quadros melhor qualificados em
matéria de lideranças e de gestão ministerial, residentes ou não no
país, mas com perfis ajustados aos desafios da modernização e do fomento
de desenvolvimento com os meios disponíveis.
Para o
sucesso dessa eventual e desejada remodelação, deve-se abrir vias ao
Chefe do Governo para fazer as melhores escolhas, mas sobretudo deve
haver um diálogo institucional bastante construtivo no seio do partido e
com o Presidente da República. Deste se espera boa compreensão dos
limites constitucionais dos seus poderes em matéria da formação da
equipa governativa, pois o Programa do Governo votado pela maioria é do
Governo e não da Presidência (nosso sistema não é presidencialista,
apesar de fazermos cábulas de certos modelos e práticas de nossos
vizinhos, desajustadas à nossa jurisprudência) .
Haja
humildade de todos para que cada um se sinja aos limites dos poderes
constitucionais respectivos, e seja feito o diálogo que melhor responde
os interesses da Guiné-Bissau.
Que Deus continue iluminando e protegendo DSP, na realização da missão que lhe confiada pelo Povo.
A
bem do Povo e de uma Guiné-Bissau renovada, com novo paradigma de
governação em construção, a que todos deveremos esforçar por acostumar.
DP