A Mesa Redonda que decorreu em Bruxelas foi visto como um sucesso. Um
sucesso sem duvida na reposição da Guiné-Bissau na atualidade economica
internacional. Depois das varias reações diplomaticas e politicas sobre a
Mesa Redonda, mais devemos saber que os fundos só serão desbloqueados
quando houver a operacionalizaçäo das intenções do documento da Mesa
Redonda.
Em outros termos isso quer dizer que alem das reformas que a
Guiné-Bissau deverà iniciar, devemos produzir projetos para
materialização da visão exposta na Mesa Redonda.
A vitoria para o desenvolvimento passa obrigatoriamente pela
planificação da nossa economia, o trabalho organizado, metódico,
sequencializado com seguimento e evaluação das metas, que propos uma
solução duradoura a crescimento economico sustentavel da Guiné.
Para tal é preciso sustentar a estabilidade institucional e politica com
uma estabilidade macroeconomica, que permite um crescimento economico
duradouro, unica solução para criar mais oportunidades e no prazo mais
riqueza na Guiné.
A Mesa Redonda é uma oportunidade para aumentar a cultura economica e
financeira dos Guineenses e da mesoeconomia (instituições economicas) e
por termo aos slogans vazios « como mão na lama » que servem só para
campanha eleitoral. Não devemos estar em campanha permanente.
E preciso criar meios e condições de incentivos para todas as areas da
economia nacional, com metodologia e pedagogia e acabar de vez com
palavras populistas que no fim sirvem so interesses dos seus autores.
A estabilidade macroeconomica passa por manter uma inflação baixa,
reduzir o deficit orçamental, manter uma politica monetaria sustentavel
que defende o valor da nossa moeda permitindo a competitividade do nosso
aparelho produtivo. Esta estabilidade macroeconomica deve ser apoiada
pelas magnas reformas legislativas que passa pela modernização do codigo
de trabalho, do codigo do investimentos, do codigo fiscal, assim como a
adoção duma lei sobre Parceria-Publico-Privado (PPP). Saoão nestes
aspetos que estamos a espera da agilidade da Assembleia Nacional
Popular, que alem do seu papel de fiscalização da ação do Governo deve
ser uma força institucional de proposta.
Temos tambem que reformar o nosso sistema educativo transformando-lhe em
sistema educativo que aumenta a taxa de « empregabilidade » dos recem
formados. Precisamos de trabalhadores qualificados que podem ser
imediatamente empregados contribuindo assim no aumento da produtividade e
na criação de valor acrescentado na nossa economia para que a redução
da pobresa seja strutural e não tratado na base « esmola institucional
ou caridade internacional ».
E obvio que tudo isso não se pode fazer sem recursos humanos de
qualidade em cada escalão da cadeia hierarquico da governação. Hoje mais
de que nunca é imperativo impulsionar uma nova dinamica à ação pùblica
nacional, o que passa por uma remodelaçaoão governemental que deve ser
vista como uma nova oportunidade em adequação com o momentum economico
do nosso País e não como uma sanção politico ou administrativa pelos
titulares das pastas governemental.
Pedro Té