GRÁVIDAS PODEM
APROVEITAR A PRAIA, MAS COM ALGUNS CUIDADOS
Estar sempre acompanhada ao entrar no mar é uma das
recomendações médicas mais importantes.
No geral, os primeiros e os últimos meses são os que inspiram
mais cuidados. Isso porque, no início da gravidez, é comum sentir náuseas e
tonturas e, portanto, há maior risco de desmaio dentro da água e afogamento. Já
no final, a futura mamãe já está com o barrigão enorme e, por isso, acaba tendo
mais dificuldade em andar e se equilibrar, sofrendo também maior possibilidade de
cair.
No mar, a água deve chegar, no máximo, até a altura dos
joelhos, e locais com muitas ondas devem ser evitados. O risco, neste caso, é
de a onda se chocar de modo violento contra a barriga e gerar um trauma na
região do abdome, o que pode causar dor, contracção uterina e, em casos mais
graves, sangramento devido ao deslocamento da placenta. Por isso, a orientação
é sempre virar de costas caso as ondas comecem a se formar.
A recomendação também vale para as actividades feitas fora da
água, que, da mesma forma, só podem ser praticadas com autorização e
acompanhamento. As mais indicadas são caminhadas na praia e no calçadão, ou até
mesmo na beira do mar, onde a água é bem rasinha. Alongar-se pela manhã e no
final da tarde e praticar ioga também são recomendados. Tome cuidado com a
areia muito fofa, que pode ocasionar uma torção de tornozelo, e sempre converse
com um médico para adaptar as actividades ao mês da gestação.
Outro cuidado importante que a futura mamãe deve ter na praia
é com a protecção solar e hidratação. “Devido à produção hormonal, a gestante
corre mais riscos de ter manchas na pele, então ela deve abusar do filtro solar
e lembrar-se de reaplicá-lo a cada duas horas. A exposição ao sol deve
acontecer preferencialmente antes das 10h e após as 16h, e, nos horários de
pico, ela deve se proteger debaixo do guarda-sol e usar chapéu ou boné”,
orienta a especialista. A desidratação pode causar mal-estar, caracterizado por
dores de cabeça, diminuição da salivação, tontura, queda da pressão e desmaios,
além de infecção urinária, que, caso se agrave, gera risco maior de trabalho de
parto prematuro. A orientação é ingerir, no mínimo, de dois a três litros de
água filtrada por dia e tomar água mineral somente de garrafa lacrada.
OUTRAS RECOMENDAÇÕES
- Não fique muito tempo com o biquíni molhado: isso gera
umidade na região íntima, propiciando a proliferação de fungos e podendo levar
a infecções vaginais (candidíase);
- Evite comer em barracas clandestinas e de vendedores
ambulantes. Opte por alimentos leves e evite frituras. Prefira, também, os
sorvetes menos calóricos, como os de fruta;
- Fuja do pico de sol e do calor excessivo, que causa
vasodilatação, podendo culminar em uma queda de pressão arterial, e inchaço;
- As cidades praianas possuem altitude diferente. Por isso, a
própria viagem a estes lugares pode interferir na pressão arterial, que,
geralmente, é mais acentuada no segundo trimestre da gestação, mas que pode ocorrer
em qualquer período;
- Fique atenta às épocas de temporada, quando há maiores
riscos de água contaminada e disseminação de doenças infecciosas, o que pode
causar diarreia, vómito e desidratação;
- Carregue sempre consigo o cartão pré-natal, caso precise se
consultar com um médico.
MEDIDAS DE SEGURANÇA
PARA IR À PRAIA COM CRIANÇAS
Quando for à praia com crianças, deverá protege-las do sol,
para evitar que apanhem uma insolação ou que queimem a pele, por isso convém
evitar as horas de maior radiação solar (das 12 às 16 h). As crianças menores
de um ano devem ficar debaixo de um guarda-sol, enquanto que, todos as crianças
(e adultos!) terão que aplicar um creme solar de factor de protecção adequado e
ir renovando a cada 2 horas.
Também é recomendável que utilizem óculos de sol e
um chapéu ou protecção para a cabeça enquanto não estão na água, para proteger
a sua visão e cabeça.
A hidratação é outro factor a que devemos prestar muita
atenção, uma vez que a exposição solar pode nos desidratar e especialmente no
caso das crianças. Desta forma, será necessário beber líquidos constantemente
para nos mantermos hidratados.
As crianças deverão ser vigiadas a todo o momento e
especialmente quando vão ao banho. Mesmo que saibam nadar, não devemos tirar os
olhos de cimas delas e devemos estar sempre concentrados. Aquelas que ainda não
sabem nadar terão que ir acompanhadas por um adulto e usar umas bóias, colete,
flutuador...
Na hora de entrar na água, devemos ter cuidado uma vez que as
mudanças bruscas de temperatura são muito perigosas. Antes de se banhar convém
molhar a criança aos poucos, na barriga, no peito, nos braços e na cabeça.
Devemos respeitar as advertências dos socorristas e ou de
delegados marítimos e seguir as suas indicações. Os seus filhos devem respeitar
as orientações deixadas, mas você também deverá dar o exemplo e não tomar banho
quando não é permitido.
Durante os banhos na praia, deve-se ter cuidado com os animais perigosos.