Miguel de Barros, 1º à esquerda |
Miguel de Barros falava no lançamento do seu livro “Sociedade civil e o Estado da Guiné-Bissau, dinâmicas, desafios e perspectivas”.
O investigador no Instituto Nacional de Pesquisas (INEP) formado em Portugal em ciências sociais, disse que a sociedade civil guineense, apesar da sua aparente presença “tem estado arredada do debate na presente crise politica do pais, onde frisa , podia questionar “muita coisa”.
No livro Miguel de Barros considerou que os Djidius(artistas tradicionais), grupos de Mandjuandadis e as "Bancadas"(local de concentração dos jovens) também são organizações da sociedade civil porque é um espaço de afirmação, de revindicação com protesto no espaço público e da condição de pobreza os quais estão expostos.
Salientou ainda que "As bancadas" apesar de serem um espaço micros, têm formas de acção colectiva, organizacional e uma agenda moral.
Barros explicou numa das passagens do livro que só o Decreto Presidencial número 6 que autorizou a criação do Movimento da Sociedade Civil, fez surgir interna e externamente mais de 40 organizações.
Disse que, por um lado, é sinal de fidelidade democrática mas que por outro, interpreta a capacidade transformadora de sair nesse estado de conforto, e que, ao mesmo tempo, essas categorizações privilegiam como principal forma de manifestação, documentos escritos para a comunicação social.
A concluir disse que o campeonato de conferências de imprensa dos partidos políticos , comunicados das organizações da sociedade civil é altamente produtivo e improdutivo porque toda a “nossa” ira fica a volta dele.