Bissau, 29 Fev 16 (ANG) – A Presidente do Comité Nacional para o Abandono das Praticas Nefasta à saúde da Mulher e Criança denunciou o aumento da excisão feminina no pais, que apesar de ser nociva à saúde humana tem sido rentável para as praticantes.
Fatumata Djau Baldé |
Em entrevista a RDP/África, Fatumata Djau Baldé disse que as fanatecas que viviam dessa actividade beneficiaram de um fundo para em troca abandonaram tais praticas voltaram a pegar nas suas facas.
“Essas mulheres simplesmente pegaram nesse dinheiro e usaram-no para outros fins e retomaram as práticas que assumiram ter abandonado”, contou.
Conforme Djau Baldé, aumentou-se o número de fanatecas no país, porque outras pessoas com coragem para exercer esta prática nociva à saúde da mulher, mas sem preparação, simplesmente assumiram essa atividade sem serem originárias de uma família de fanatécas.
A prática de excisão feminina foi proibida por lei mas ultimamente um grupo de crentes muçulmanos tem estado a lutar contra aplicação dessa lei com promoções de campanhas de sensibilização das autoridades inclusive o parlamento para que a proibição seja anulada.
Segundo os Inquéritos aos Indicadores Múltiplos (MICS) , promovido pelo Governo e Nações Unidas, em 2010 a excisão feminina afectava metade (50 por cento) das mulheres da Guiné-Bissau com idades entre os 15 e os 49 anos, mas em 2014 esse nível desceu para 45 por cento.