terça-feira, 22 de março de 2016

OPINIÃO: A QUESTÃO DA EXPRESSÃO POLITICA À NIVEL NACIONAL

Na Guiné gostamos de deturpar factos em prol dos interesses pessoais. O regresso do Raimundo Perreira, não é nenhuma coisa extraordinaria, é um «non événement» como dizem os franceses.

Qualquer que seja pessoa indigitada pelo PAIGC para ser candidato a cargo do Primeiro Ministro ou da Presidente da Repùblica, a chance deste pessoa torna-se real para alcançar os ditos cargos.

Este é um facto adiquirido, mais isso não quer dizer que a pessoa em si, têm uma expressão ou um capital politico.

Se o Jomav, tinha ido como candidato independente não ia ser coisa nenhuma. Os 15 rebeldes que estão a arranjar confusão, se pensam que têm uma expressão politica fora do PAIGC, que criam o seu Partido e là veremos.

Hoje boates em Bissau, dizem que o Carlos Gomes vai regressar para conquistar o poder como candidato indepêndente e indigitar o Raimundo Perreira como Primeiro Ministro. Sobre estes boates, eu digo que estamos na Guiné e não na Russia. Isso vai ser um fiasco.

O unico candidato independente que venceu eleições presidências como independente é o Nino Vieira, porque a sua historia pessoal confundia-se com a historia da Guiné.

O processo historico na Guiné fez que com a criação do PRS pelo Kumba Yala, uma parte importante de população deixou o PAIGC, nomeadamente os balantas, em resposta ao caso de « 17 de outubro 1986 » onde oficiais balantas foram mortos pelo regime da altura.

Esta saida dos balantas no PAIGC, propocionou a subida dos mandingas e beafadas no aparalho militar e politico do PAIGC na altura e por conseguinte no Estado porque estavamos no modelo de Partido-Estado.

Isso são factos devido ao processo politico de um Estado rescem nascido. Agora este facto fez com que a base do PAIGC tornou-se mandinga e a base do PRS, balanta.

Só que na Guiné existe mais simpatizantes dos partidos do que proprio aderentes. Nesta perspetiva nenhum partido com pendor etnico, religioso ou regional pode afirmar-se por causa do alto nivel de mestissagem fisico e cultural do nossa população.

Os que jogam que este fator vão ser sempre surpendrendidos pelo o eleitorado.

Na verdade é que enquanto o PRS tenta acabar com imagem de um partido « balanta », pessoas no PAIGC querem « manduinguizar » o PAIGC para alcançar o poder à todo custo, esquecendo que a força politica do partido libertador é precisamente esta mestissagem politico, cultural e sociologico do Povo Guineense que, hoje, atràvez das novas tecnologias entrou firmemente na mondialização e està pronto a acatar oportunidades ofrecidas pela globalização, deixando de lado o retrocesso social e economico oriundo de pseudo solidariedade tribal, religioso, regional.

Estas oportunidades têem por raiz e companheiros da caminhada, sabedoria, competitividade, honestidade, justiça e ética.


Anonimo