Na Guiné
gostamos de deturpar factos em prol dos interesses pessoais. O regresso do
Raimundo Perreira, não é nenhuma coisa extraordinaria, é um «non événement»
como dizem os franceses.
Qualquer que
seja pessoa indigitada pelo PAIGC para ser candidato a cargo do Primeiro
Ministro ou da Presidente da Repùblica, a chance deste pessoa torna-se real
para alcançar os ditos cargos.
Este é um
facto adiquirido, mais isso não quer dizer que a pessoa em si, têm uma expressão
ou um capital politico.
Se o Jomav,
tinha ido como candidato independente não ia ser coisa nenhuma. Os 15 rebeldes
que estão a arranjar confusão, se pensam que têm uma expressão politica fora do
PAIGC, que criam o seu Partido e là veremos.
Hoje boates
em Bissau, dizem que o Carlos Gomes vai regressar para conquistar o poder como
candidato indepêndente e indigitar o Raimundo Perreira como Primeiro Ministro.
Sobre estes boates, eu digo que estamos na Guiné e não na Russia. Isso vai ser
um fiasco.
O unico
candidato independente que venceu eleições presidências como independente é o
Nino Vieira, porque a sua historia pessoal confundia-se com a historia da
Guiné.
O processo
historico na Guiné fez que com a criação do PRS pelo Kumba Yala, uma parte importante
de população deixou o PAIGC, nomeadamente os balantas, em resposta ao caso de «
17 de outubro 1986 » onde oficiais balantas foram mortos pelo regime da altura.
Esta saida
dos balantas no PAIGC, propocionou a subida dos mandingas e beafadas no aparalho
militar e politico do PAIGC na altura e por conseguinte no Estado porque
estavamos no modelo de Partido-Estado.
Isso são
factos devido ao processo politico de um Estado rescem nascido. Agora este
facto fez com que a base do PAIGC tornou-se mandinga e a base do PRS, balanta.
Só que na
Guiné existe mais simpatizantes dos partidos do que proprio aderentes. Nesta
perspetiva nenhum partido com pendor etnico, religioso ou regional pode
afirmar-se por causa do alto nivel de mestissagem fisico e cultural do nossa
população.
Os que jogam
que este fator vão ser sempre surpendrendidos pelo o eleitorado.
Na verdade é
que enquanto o PRS tenta acabar com imagem de um partido « balanta », pessoas
no PAIGC querem « manduinguizar » o PAIGC para alcançar o poder à todo custo,
esquecendo que a força politica do partido libertador é precisamente esta
mestissagem politico, cultural e sociologico do Povo Guineense que, hoje,
atràvez das novas tecnologias entrou firmemente na mondialização e està pronto
a acatar oportunidades ofrecidas pela globalização, deixando de lado o
retrocesso social e economico oriundo de pseudo solidariedade tribal,
religioso, regional.
Estas
oportunidades têem por raiz e companheiros da caminhada, sabedoria,
competitividade, honestidade, justiça e ética.
Anonimo