Eneida Marta, que lançou Nha Sunhu,
podia ter sido outra coisa, mas é cantora. Podia ser de outro sítio,
mas é de Bissau. E é isso que canta a caminho de mais uma missão da
UNICEF.
"Tinha dois sonhos: ou
ser polícia ou ser cantora." Não há equívocos quando a essa história
olhando para o nome do disco que a guineense Eneida Marta lançou no
final de março, e que a partir de hoje estará disponível nas plataformas
digitais: Nha Sunhu (O meu sonho). "Não consegui ser
polícia e hoje estou a ser cantora", diz. E depois: "Há o tal mito do
sangue que corre pelas veias, porque eu não cresci com o meu pai, mas
sempre tive essa tendência para a música". Isto por que vem de uma
família de músicos, sobretudo do lado do pai, cabo-verdiano. Há ainda
que dizer que a música corria dentro como fora: "Ouvia de tudo um pouco.
Música de Cabo Verde, de Angola, do Brasil, músicas cubanas, fado,
porque o meu bisavô é português."
Encontramo-la em Lisboa, onde vive desde 1988, quando se mudou de Bissau com a mãe e os irmãos. Quando a "arrancaram" a isso tudo que é Bissau, parecia que "a vida ficava e o corpo vinha". Então voltou ciclicamente à terra de onde lhe vem a música e de onde diz sem hesitar que é um "sítio melhor para criar os filhos". Ela, de 42 anos, tem dois, ambos criados em Portugal. "Em África tu podes ir trabalhar, mas tens o teu vizinho que vai desempenhar o teu papel sem problemas. Na Guiné Bissau tudo o que te rodeia é a tua família."
Fonte: DN
Encontramo-la em Lisboa, onde vive desde 1988, quando se mudou de Bissau com a mãe e os irmãos. Quando a "arrancaram" a isso tudo que é Bissau, parecia que "a vida ficava e o corpo vinha". Então voltou ciclicamente à terra de onde lhe vem a música e de onde diz sem hesitar que é um "sítio melhor para criar os filhos". Ela, de 42 anos, tem dois, ambos criados em Portugal. "Em África tu podes ir trabalhar, mas tens o teu vizinho que vai desempenhar o teu papel sem problemas. Na Guiné Bissau tudo o que te rodeia é a tua família."
Fonte: DN