Cacheu, 30 nov (Lusa) - A Guiné-Bissau terá dentro de seis meses o primeiro memorial sobre a história da escravatura na cidade de Cacheu, norte do país, de onde partiram milhares de escravos para outras paragens do mundo.
Esta informação foi dita à Lusa por Tumane Camará, um dos responsáveis pela construção do imóvel, financiada pela União Europeia (UE).
Tumane Camará é o secretário executivo da organização não-governamental Ação para o Desenvolvimento (AD), que promoveu no último fim-de-semana, em Cacheu, o quarto festival cultural Caminhos de Escravos.
Cacheu e Bissau foram os locais de onde partiram os escravos, uma realidade que Camará afirma fazer parte da história da Guiné-Bissau e que deve ser preservada e ensinada aos cidadãos.
"Transformar a tragedia que aconteceu há 400 anos numa potencialidade de desenvolvimento da Guiné-Bissau", é outro objetivo do memorial de Cacheu, acrescentou Tumane Camará.