Mostra de fotografia alerta para o sacrifício de bebés que continua a
verificar-se na Guiné-Bissau e presta tributo às muitas mães que têm a
coragem de salvar os seus filhos, contrariando as crenças e tradições
tribais
Texto Juliana Batista | Foto FM | 25/10/2015 | 11:24
Uma exposição de fotografia destinada a homenagear as «mães coragem» da
Guiné-Bissau e alertar para o problema do infanticídio que continua a
verificar-se naquele país africano, por causa das crenças e tradições,
vai estar patente no Consolata Museu | Arte Sacra e Etnologia, em
Fátima, a partir da próxima terça-feira, 27 de outubro.
Da
autoria do jornalista Francisco Pedro, a mostra resulta de uma viagem
que fez à Guiné-Bissau, em 2014, onde conheceu a Casa Bambaran, «um
centro de acolhimento de crianças órfãs, portadoras de deficiência e
rejeitadas pelo estigma das tradições», refere o diretor do museu,
Gonçalo Cardoso.
«O que se pretende é chamar a atenção para o
problema das crianças que continuam a ser eliminadas na Guiné-Bissau,
apenas porque nascem gémeas, deficientes, ou simplesmente porque os pais
as acham feias de mais, e homenagear as mães que têm a coragem de
salvar os seus filhos, contrariando as tradições tribais e os hábitos
comunitários», explicou o jornalista à FÁTIMA MISSIONÁRIA.
Segundo
o repórter, «através do olhar feliz» das crianças retratadas, esta
exposição procura também enaltecer «o trabalho fantástico» que está a
ser feito em Bissau pela Cáritas, diocese e religiosas da comunidade de
Santa Mariana de Jesus, ao acolherem muitas das crianças rejeitadas na
Casa Bambaran. E o esforço das irmãs missionárias da Consolata, através
das ações de sensibilização junto das comunidades rurais, um pouco por
todo o país.
A exposição, composta por 24 fotografias e uma
instalação, está patente até 3 de janeiro de 2016 e pode ser visitada,
de terça a domingo, entre as 10h00 as 19h00, até final deste mês. A
partir de novembro, o horário de abertura é o mesmo, mas o encerramento é
às 17h00.
Fonte: Fátima Missionária