Acha que no regime de partido único a sua proximidade a João Bernardo Vieira (Nino) ensinou-lhe todos os truques
da montagem e da intriga, mantendo todos os cordões
das várias montagens.
Foi amigo tanto de Nino Vieira (deste terá desviado bastante mais bens do que se julga saber)
como de Carlos Gomes Júnior (quem o ajudou a ser
eleito e que abandonou na primeira esquina), mas quando a relação entre estes azedou, assumiu um distanciamento para
saltar para junto do vencedor.
Afastou o António
Injai e pensou ter baralhado suficientemente as cartas ao proclamar o equilíbrio étnico na Presidência, ir buscar um Balanta para novo Chefe de Estado
maior.
Mas, como tudo é muito
pouco para os espíritos de um ditador, atraiu o
Zamora Induta para lançar um caso do qual espera
eliminar adversários políticos
(Carlos Gomes Júnior, Domingos Simões
Pereira e Cipriano Cassama) e conquistar a hegemonia nas Forças Armadas, juntando Injai e Biague Natam a uma presumível guerra contra toda a sua oposição.
Acredita que tem o domínio
da arte do mal e leva Balantas, Mandingas e Beafadas a cumprirem um ritual Manjaco,
ao mesmo tempo que promete aos Felupes ser um deles e poderem contar com ele.
Como explicar a este senhor que a Guiné é demasiado frágil
para tantas brincadeiras e tamanha irresponsabilidade?
Como alertar a opinião
pública nacional e a Comunidade Internacional para o
risco de mais uma derrapagem política e
social, desta vez patrocinada pelo próprio
Presidente da República.
Todos os ingredientes estão sendo juntos e este é o
momento de travar o JOMAV pois se não é insanidade, então tem
feitiço suficiente para provocar um deslize bem grave para
esta sociedade.
Sobre aprendizes de feiticeiro já devíamos estar conversados.
Jocemar Marques Correia