domingo, 25 de outubro de 2015

OPINIÃO: JOMAV APRENDIZ DE FEITICEIRO

José Mário Vaz, ou simplesmente JOMAV, acha ter aprendido toda a arte de feiticeiro e pensa estar no momento certo para aplicar toda a doutrina.

Acha que no regime de partido único a sua proximidade a João Bernardo Vieira (Nino) ensinou-lhe todos os truques da montagem e da intriga, mantendo todos os cordões das várias montagens.

Foi amigo tanto de Nino Vieira (deste terá desviado bastante mais bens do que se julga saber) como de Carlos Gomes Júnior (quem o ajudou a ser eleito e que abandonou na primeira esquina), mas quando a relação entre estes azedou, assumiu um distanciamento para saltar para junto do vencedor.

Afastou o António Injai e pensou ter baralhado suficientemente as cartas ao proclamar o equilíbrio étnico na Presidência, ir buscar um Balanta para novo Chefe de Estado maior.

Mas, como tudo é muito pouco para os espíritos de um ditador, atraiu o Zamora Induta para lançar um caso do qual espera eliminar adversários políticos (Carlos Gomes Júnior, Domingos Simões Pereira e Cipriano Cassama) e conquistar a hegemonia nas Forças Armadas, juntando Injai e Biague Natam a uma presumível guerra contra toda a sua oposição.

Acredita que tem o domínio da arte do mal e leva Balantas, Mandingas e Beafadas a cumprirem um ritual Manjaco, ao mesmo tempo que promete aos Felupes ser um deles e poderem contar com ele.

Como explicar a este senhor que a Guiné é demasiado frágil para tantas brincadeiras e tamanha irresponsabilidade?

Como alertar a opinião pública nacional e a Comunidade Internacional para o risco de mais uma derrapagem política e social, desta vez patrocinada pelo próprio Presidente da República.

Todos os ingredientes estão sendo juntos e este é o momento de travar o JOMAV pois se não é insanidade, então tem feitiço suficiente para provocar um deslize bem grave para esta sociedade.

Sobre aprendizes de feiticeiro já devíamos estar conversados.

Jocemar Marques Correia