O partido de Aung San Suu Kyi sai
vitorioso das eleições legislativas deste domingo, em Myanmar. O partido dos
ex-generais, no poder – o USDP, Partido da União, da Solidariedade e do Desenvolvimento -,
já admitiu a derrota.
Cerca de 80% dos 30 milhões de eleitores foram votar. A
Liga para a Democracia (LND),
da Prémio Nobel da Paz, reivindica mais de 70% dos assentos parlamentares,
através do país.
Na região centro, a mais populosa, já ganhou 80% dos
votos.
Tendo
em conta que 25% dos assentos parlamentares estão reservados a militares não
eleitos, o Partido de Aung San Suu Kyi precisa de dois terços dos votos para
ter maioria nas duas câmaras.
Se, como tudo indica, a alcançar, o LND escolherá
o próximo presidente – que não será a Prémio Nobel da Paz, já que tem filhos
estrangeiros, o que é proibido pela constituição herdada da junta militar.
Em
1990, as últimas eleições livres, na antiga Birmânia, o partido de Aung San Suu
Kyi também tinha ganho. Mas a junta militar não reconheceu o resultado
eleitoral.
Desta
vez, os herdeiros do regime prometem respeitar o resultado saído das urnas.