sexta-feira, 18 de março de 2016

PORTUGAL PEDE APOIO DE ANGOLA À SUA CANDIDATURA A SG DA ONU

O antigo alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, o Português António Guterres, chegou esta quinta-feira, a Luanda, para pedir o apoio de Angola à sua candidatura a Secretário-Geral da ONU apresentada recentemente por Portugal.

Em declarações à agência angolana de notícias (Angop), no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, ele disse sentir-se na “obrigação” de contactar pessoalmente as autoridades angolanas “por Angola estar envolvida em atividades internacionais extremamente relevantes”.

Segundo ele, Angola é um país que tem hoje múltiplas iniciativas no fórum internacional, com a sua presença no Conselho de Segurança da ONU, na presidência da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e em outras iniciativas no continente africano.

“Naturalmente como velho amigo deste país, senti que era meu dever, no momento em que anunciei a minha candidatura a Secretário-Geral da ONU, vir o mais depressa possível  transmitir essa intenção às autoridades angolanas”, sublinhou.

Primeiro-ministro de Portugal de 1995 a 2005 e alto comissário das das Nações Unidas para os Refugiados de junho de 2005 a dezembro de 2015, Guterrres anunciou a sua candidatura ao cargo de Secretário-Geral da organização mundial, em fevereiro último.

Pouco após a sua chegada à capital angolana, ele foi recebido no Palácio Presidencial pelo Presidente José Eduardo dos Santos a quem informou oficialmente do seu projeto de candidatura.

António Manuel de Oliveira Guterres disse à imprensa que a audiência serviu para apresentar ao Presidente Eduardo dos Santos o programa da sua candidatura e manifestar a sua apreciação pelos desenvolvimentos alcançados em Angola e pelo papel de "grande relevo" que o país tem desempenhado na comunidade internacional.


"Angola é membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas e tem tido intervenções de grande importância (...), nomeadamente, nas questões dos Grandes Lagos, da proteção da mulher e situações de conflitos", referiu, acrescentando que se trata de "um país de grande influência e importância para o futuro do continente africano".