O antigo
alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, o Português António
Guterres, chegou esta quinta-feira, a Luanda, para pedir o apoio de Angola à
sua candidatura a Secretário-Geral da ONU apresentada recentemente por Portugal.
Em
declarações à agência angolana de notícias (Angop), no Aeroporto Internacional
4 de Fevereiro, ele disse sentir-se na “obrigação” de contactar pessoalmente as
autoridades angolanas “por Angola estar envolvida em atividades internacionais
extremamente relevantes”.
Segundo ele,
Angola é um país que tem hoje múltiplas iniciativas no fórum internacional, com
a sua presença no Conselho de Segurança da ONU, na presidência da Conferência
Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e em outras iniciativas
no continente africano.
“Naturalmente
como velho amigo deste país, senti que era meu dever, no momento em que
anunciei a minha candidatura a Secretário-Geral da ONU, vir o mais depressa
possível transmitir essa intenção às
autoridades angolanas”, sublinhou.
Primeiro-ministro
de Portugal de 1995 a 2005 e alto comissário das das Nações Unidas para os
Refugiados de junho de 2005 a dezembro de 2015, Guterrres anunciou a sua
candidatura ao cargo de Secretário-Geral da organização mundial, em fevereiro
último.
Pouco após a
sua chegada à capital angolana, ele foi recebido no Palácio Presidencial pelo
Presidente José Eduardo dos Santos a quem informou oficialmente do seu projeto
de candidatura.
António
Manuel de Oliveira Guterres disse à imprensa que a audiência serviu para
apresentar ao Presidente Eduardo dos Santos o programa da sua candidatura e
manifestar a sua apreciação pelos desenvolvimentos alcançados em Angola e pelo
papel de "grande relevo" que o país tem desempenhado na comunidade
internacional.
"Angola
é membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas e tem tido intervenções de
grande importância (...), nomeadamente, nas questões dos Grandes Lagos, da
proteção da mulher e situações de conflitos", referiu, acrescentando que
se trata de "um país de grande influência e importância para o futuro do
continente africano".