O Presidente da República de Portugal ainda não
comunicou a sua decisão sobre quem pretende indigitar para o cargo de
primeiro-ministro.
Da esquerda à direita, os partidos
ficaram na quarta-feira em suspenso para saber os próximos passos de
Cavaco Silva, mas Belém não abriu o jogo.
O objectivo será o de perceber como
ficará o acordo à esquerda, entre PS, BE e PCP. As negociações prosseguiram na
quarta-feira entre os três partidos da esquerda, mas pode não haver acordo
único a três.
O PCP só está a negociar com os
socialistas, e o caminho pode ser o de dois acordos: PS/BE e PS/PCP. Tudo está
em aberto, ainda que as negociações com o BE já se façam medida a medida, com
várias contrapropostas.
A decisão da comissão política do PS
marcada para esta quinta-feira à noite pode ser um dado importante a
considerar por Cavaco. Primeiro, porque António Costa já terá mais dados a
apresentar ao partido, e, segundo, ficará claro se os socialistas estarão
unidos na estratégia.
Alguns membros da comissão política
confidenciaram ao Correio da Manhã que existe a hipótese de Costa não levar
para a reunião um acordo fechado, mas apenas a definição estratégica e um
entendimento de princípios.
Na lista de propostas, além da reposição
dos salários da Função Pública e do recuo na redução da Taxa Social Única,
discute-se também a devolução da sobretaxa de IRS e o aumento do salário mínimo
nacional.
À direita, a coligação acredita que
Cavaco não vai queimar etapas e, sendo um institucionalista, dará posse à
equipa de Passos Coelho e Paulo Portas ainda este fim-de-semana.
Fonte: Correio da Manhã