Desde setembro que um hospital de
Madrid testa uma vacina contra o Ébola com um “alto nível de eficácia” segundo
a OMS.
Cerca de 40 voluntários saudáveis participam no teste, no
hospital La Paz da capital espanhola, e em paralelo, nos Estados Unidos, depois
da vacina ter sido administrada com sucesso a 4 mil pessoas na Guiné Conacri.
Para o responsável dos testes, José Ramon Arribas,
“Qualquer vacina tem de funcionar com apenas uma dose e tem de poder ser
aplicada no terreno. Seria um avanço enorme no combate às epidemias”.
O ensaio clínico com um vírus animal ao qual foi
adicionado proteína de vírus ébola, sem perigo de contágio, deverá prolongar-se
até janeiro e pretende medir a criação de anticorpos e os efeitos secundários
em organismos saudáveis.
Um dos voluntários testemunha os efeitos da vacina, “uma
ligeira subida da febre a 37o, mas nunca acima de 38 graus. Mas desapareceu
rapidamente”.
O teste ocorre depois de 27 pacientes de Ébola terem sido
curados, durante a epidemia de há um ano, todos com métodos de tratamento
diferentes.
Uma cura ainda tão incerta quanto a vacina, quando um
estudo divulgado esta quinta-feira, demonstra que o vírus pode resistir nos fluidos
corporais dos sobreviventes de Ébola, até nove meses depois dos primeiros
sintomas.