Por: Gazeta de Notícias
O Grupo Areski, proprietária da ARESKI ETPA S.A, empresa de construções e
obras públicas, foi fundada em 1962 por Mamudo Areski (argelino de
nacionalidade), Pai dos actuais quatro sócios, irmãos Areski, está presente em
três países da sub-região, nomeadamente Gâmbia, Senegal e Guiné-Bissau.
O Grupo Areski conta neste momento com 1600 funcionários nos três países.
Na Guiné-Bissau a firma tem cerca de 500 (quinhentos) operários.
Areski realiza obras de grande vulto nos países em que está instalado. Em Gâmbia,
a empresa realiza neste momento duas das mais importantes obras arquitectónicas:
uma ponte de cerca de um quilómetro, e a construção do novo aeroporto
internacional de Banjul.
No Senegal, Areski está a executar as obras de construção de cerca de 200
quilómetros de estrada nacional daquele país vizinho.
Areski é actualmente líder do mercado das obras públicas na Guiné-Bissau,
particularmente, das estradas, é o executor das obras de reabilitação e
construção de vias urbanas de Bissau, financiadas pelo Banco Oeste Africano de
Desenvolvimento (BOAD), na sequência de um concurso público internacional.
Areski está na Guiné-Bissau há 20 anos e já reabilitou e construiu várias
estradas asfaltadas e de terra batida em, praticamente, todos os pontos da
Guiné-Bissau. Da sua instalação no país a esta parte, o estado Guineense
contraiu uma dívida superior a um bilhão e oitocentos milhões de francos cfa
(1.800.000.000FCFA) em contrapartidas das obras que a firma já executou e que o
executivo, com destaque para algumas vias urbanas de Bissau, estrada Jugudul
Bambadinca, estrada Mansoa Farim, reabilitação de Aeroporto Internacional
Osvaldo Vieira de Bissau, no âmbito da cimeira dos Chefes de Estado e de
Governo da CPLP, em 2006, entre outras obras.
Estrada de volta a Bissau : 900 milhões de FCFA em
indemnizações já assumidos pela Areski
A empresa Areski, enquanto vencedora do concurso internacional, está
a executar as obras da estrada que liga a entrada da Guimetal ao Bairro de
Antula, passando por São Paulo, que terá continuidade ate as Alfândegas e o
Porto de Bissau.
Apesar da execução das obras ainda estarem dentro do prazo previsto no
contrato, o administrador e Diretor-geral da empresa admite que houve atraso de
um ano motivado pela actualização do estudo e demora na disponibilização de
fundos por parte do financiador.
No estudo inicial estava previsto que a estrada deveria ter um revestimento
de 7 (sete) metros de largura apenas. No entanto, no decurso das obras
concluiu-se que, pela sua importância no transporte de mercadorias através de
camiões porta-contentores, o revestimento da estrada deverá ser alargado para
14 metros.
Mais: durante o tempo de paragem, de cerca de um ano, a empresa assumiu o
salário de todos os funcionários recrutados para a obra.
Indemnização aos proprietários das casas ao longo do troço
No âmbito das obras de troço de volta de Bissau a empresa Areski já avançou
com uma indemnização aos proprietários das casas ao longo do troço, que viram,
por exemplo, os muros e varandas das suas casas afectados devido as obras, bem
como na recuperação das infra-estruturas de interesse público (conduta de água
e postos de transformação eléctrica) atingidas pelas obras naquela zona, num
valor superior a 900 milhões de francos cfa.
Tarek Areski garantiu que as obras de reabilitação das vias urbanas de
Bissau vão ser concluídas dentro de prazo previsto no contrato e lembrou que as
obras da estrada Mansôa/Farim foram concluídas “muito antes” do prazo
estipulado.
A propósito do suposto monopólio de Areski na
Guiné-Bissau
Tarek Areski não ficou surpreendido perante esta questão, e, considera
“muito normal” as interpretações segundo
as quais, a sua empresa detém o monopólio das obras públicas na Guiné-Bissau.
O número um da empresa lembra, que antes do conflito político-militar de 7
de Junho de 1998, várias empresas de construções e obras públicas que se
encontravam instaladas na Guiné-Bissau acabaram todos por fugir, alegando “instabilidade
do país”.
Na opinião de Tarek, a permanência da Areski no país como única empresa de
construções e obras públicas, com créditos firmados e provas dadas nas obras já
executadas, já diz tudo.
Apesar de ter ganho terreno por estes e outros motivos, Tarek Areski,
refuta que nunca houve favores à sua empresa, tendo garantido que “todas as
obras executadas foram no âmbito de concursos públicos e alguns até
internacionais”.
Tarek salientou que na Gâmbia, a sua empresa está a executar uma das mais
importantes obras arquitectónicas daquele país (uma ponte de cerca de um
quilometro) e no Senegal já reabilitou e construi várias estradas e, neste
momento, executa uma obra de cerca de 200 quilómetros da estrada nacional
daquele país vizinho.
Em relação ao rebentamento de uma pequena ponte na Avenida dos Combatentes
da Liberdade da Pátria, em frente da SUNU KER (zona do mercado de Bandim),
depois da conclusão das obras de reabilitação executadas pela Areski, que levou
a que a empresa fosse acusada na altura, o Patrão da empresa aponta
responsabilidade a uma empresa Chinesa que executou aquela obra. Mas, mesmo
assim, Areski reabilitou a pequena ponte gratuitamente.
Tarek Areski revelou ainda que as seguintes obras de reabilitação foram
todas gratuitas: Avenida Cidade de Lisboa, rua da embaixada de Portugal;
estrada que liga a Secretaria de Estado da Cooperação Internacional e das Comunidades
à Direção-geral de Viação e Transportes Terrestres e Avenida Pansau na Isna.
Em relação a qualidade das obras das estradas, Tarek Areski, comparou-as
com a de Senegal. Revelou que, no Senegal, por exemplo, as estradas são de 15
centímetros de alcatrão contra apenas 5 centímetros da Guiné-Bissau.
“Os pormenores técnicos das obras de estradas constam nos estudos feitos
pelas autoridades a empresa não pode alterar nada”, revelou Tarek Areski.
Investimentos no sector social
ARESKI ETPA SA tem o seu estaleiro e escritório instalados em Safim, nos
arredores de Bissau) e, uma pedreira na zona sul da Guiné-Bissau.
O patrão da empresa anunciou que, muito brevemente, a firma irá avançar com
investimentos sociais nas duas zonas, com objetivo de combater a pobreza
através de um programa de desenvolvimento.
Em Safim, por exemplo, Tarek Areski, anunciou apoio ao Centro de Saúde
local com especial atenção à maternidade; e, apoio aos jovens, tendo prometido
financiar a equipa de futebol local que milita actualmente na segunda divisão
da liga da Guiné-Bissau.
Na povoação de SINTCHAM ALIU, em Saltinho, na zona sul,
onde a empresa dispõe de uma pedreira, Tarek também promete investimentos
para debelar a pobreza.
