O
embaixador Plenipotenciário de Angola na República da Guiné-Bissau, Daniel
Rosa, foi o portador da missiva, na qual o Chefe de Estado angolano, felicita,
em nome do povo angolano, do governo de Angola e em seu nome pessoal, a
celebração do 42º aniversário da proclamação da independência, assinalado a 24
de Setembro de 1973.
Na
missiva entregue apenas quinta-feira devido à conturbada situação política
reinante da Guiné-Bissau, o estadista angolano escreve que “nesta data festiva,
que evoca o culminar da gloriosa luta de libertação nacional do povo guineense,
apraz-me enaltecer o regresso da esperança ao vosso país, com a restauração da
normalidade constitucional e o funcionamento regular das suas instituições
democráticas”.
O
Chefe de Estado angolano disse augurar a “todos os guineenses e ao seu governo”
muitos êxitos nos esforços que realizam, em benefício da estabilidade política
e económica do País, tendo em vista o desenvolvimento, o progresso e o
bem-estar na Guiné-Bissau.
Durante
a audiência, que teve duração de pouco menos de meia hora, o embaixador Daniel
Rosa enalteceu os laços de amizade e irmandade existentes entre os povos de
Angola e da Guiné-Bissau, que datam dos anos dos seus ancestrais.
“Existem
relações tradicionais entre Angola e a Guiné-Bissau que em momento algum foram
postas em causa. As relações entre os nossos dois países foram sempre boas e os
acordos de cooperação existentes a vários níveis podem servir para confirmar
esta afirmação”, referiu o embaixador angolano, em declarações à imprensa, à
saída do Palácio Presidencial.
O
embaixador angolano acredita que as relações de cooperação entre os dois
estados poderão ser relançadas tão logo as condições para o efeito estiverem
criadas e que Angola acompanha com atenção a situação na Guiné-Bissau.
Afirmou
que depois da crise que imperou na Guiné-Bissau, o povo e o próprio Presidente
José Eduardo dos Santos mostram-se satisfeitos pelo facto de os guineenses terem
conseguido ultrapassar os momentos difíceis que viveram, sem fazer vítimas
humanas, com base no respeito pelos princípios mais elementares da democracia
multipartidária e na Constituição.
O
embaixador angolano felicitou às autoridades castrenses pelo elevado sentido de
responsabilidade e isenção que demostraram durante os momentos críticos que a
Guiné-Bissau viveu, evitando a sua interferência nos assuntos políticos,
mantendo a sua total neutralidade em relação à situação, contrariamente
ao que aconteceu num passado muito recente.
Fonte: ANGOP