quarta-feira, 14 de outubro de 2015

POLÍTICA PORTUGAL: ENTENDIMENTO ENTRE A COLIGAÇÃO PSD/CDS-PP E O PS CADA VEZ MAIS DIFICIL

Pedro Passos Coelho deixou nesta quarta-feira um aviso claro: já teve duas reuniões com o PS e não está disponível para mais se for para andar a “fazer de conta”.
O líder da coligação de direita disse ainda que talvez seja altura de “pôr um ponto final naquilo a que o país tem vindo a assistir de forma atónita”: “Dá a impressão que o PS ganhou as eleições e está a fazer diligências para formar Governo.”
Citado por diversos meios de comunicação social, Passos Coelho mostrou-se, à margem de reuniões preparatórias sobre o Conselho Europeu, indisponível para andar a fazer reuniões com os socialistas sem se chegar a bom porto: “Já tive duas reuniões com o PS e não tenciono ter mais nenhuma para fazer de conta ou simular que se está a alcançar algum resultado, pois o PS não deu contributo nenhum.”
E acrescentou: “Talvez seja altura de pôr um ponto final naquilo a que o país tem vindo a assistir de forma atónita. Dá a impressão que o PS ganhou as eleições e está a fazer diligências para formar Governo.”
O líder da coligação Portugal à Frente acrescentou ainda: "Não vamos inverter esses papéis e eu não aceitarei que o país fique refém deste jogo que é um jogo político-partidário, que pode ser muito respeitável para o PS, mas não é um jogo que possa prosseguir com o meu apoio."
Passos Coelho, que está à espera que o Presidente da República o indigite para formar Governo, insistiu que “está na altura de dizer que o PS perdeu as eleições, cabe-lhe encarar isso com humildade e reconhecer os resultados eleitorais”.
À margem dessas reuniões, frisou que o resultado dá a vitória à coligação e não ao PS. “Não vamos virar o resultado das eleições do avesso", disse. E deixou ainda claro: "Não vou governar com o programa do PS e não vou com certeza sujeitar o país a uma espécie de chantagem política em que quem perdeu impõe a quem ganhou as condições para dizer o que é que o PS acha importante para dar o seu contributo à estabilidade.”
Fonte. Público